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sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Serei apenas timida ou fraca?

Numa destas noites veio-me á cabeça um pensamento: Há uns anos atrás nunca na minha vida eu teria coragem para muitas das coisa que faço hoje. 
E é verdade, há uns anos valentes, quando eu ainda andava na escola até o facto de ter que entrar na papelaria para comprar a minha revista preferida, onde quase sempre vinha na capa os BackStreet Boys, me causava um nó no meu sistema nervoso. Muitos de vocês podem não ter essa noção, mas estou a falar a sério, eu não era capaz nem de entrar na loja se não estivesse acompanhada de preferência por alguém mais velho.Quando tinha que falar com as pessoas - quando tinha visitas em casa - eu escondia-me no quarto e só quando os meus pais me iam chamar é que eu aparecia, a não ser que fosse alguém com quem eu já tivesse mesmo muita confiança, como o meu tio ou o meu padrinho. 
Nesse tempo nem coragem para demonstrar alguém que sentia algo especial por ela, nem para fazer perguntas na sala de aula, preferia esperar a ver se alguém levantava o braço e fazia a perguntar por mim, chegou a acontecer algumas vezes, mas não tantas assim, mas também eu sempre estudei muito em casa pois não tinha mais nada que fazer, não tinha amigos com quem brincar, sempre tive apenas o meu irmão e confesso que nem sempre era a companhia ideal, tinha que brincar ao que ele queria e regredir para me sentir com a mesma idade que ele.
Ainda hoje sou tímida, não tanto, mas há coisa que me provocam o tal nó no estômago, a tal sensação de querer fugir dali a todo o custo, só que quando isso acontece tento sempre respirar fundo e pensar que aquilo vai passar rápido e que ninguém me vai morder. A minha timidez também faz com que eu não consiga dar as respostas que quero dar na hora certa, de vez enquando lá sai uma ou outra, mas o que é certo é que acabo por perder todas as "lutas" por não saber dar as respostas ou também por não saber fazer as perguntas acertadas, como nas entrevistas de emprego. Acredito que esse seja uma dos factores que me anda a prejudicar e muito, nem mesmo com todos os trabalhos de já fiz de lidar com o publico e consigo dar a volta á minha timidez, outro facto é que não consigo descobrir como é que ela consegue ser uma qualidade minha.
Todos estes pensamentos levaram-me a outro, será que a timidez pode ser tornar uma doença?? E nesse sentido fui pesquisar, porque de certa forma acredito que ela possa se tornar nociva para nós próprio porque nos impede de nos socializar com as outras pessoas. E não me enganei.

O jardim pode estar cheio de crianças irrequietas, as brincadeiras podem ser bastante apelativas, mas João – que podia chamar-se Paulo, Tiago, Pedro ou qualquer outro nome – esconde-se atrás das pernas do pai. Noutras situações, permanece agarrado à saia da mãe, incapaz de dar um passo em frente e desafiar a aventura. Dizem-lhe que é tímido e, quando está na escola junto dos colegas, sente-se inferior e desenquadrado.
Era assim que eu me sentia no infantário, na primária, no liceu, no secundário, inferior e desenquadrada, exactamente as mesmas palavras que diz o artigo que encontrei. Penso que todas as crianças em algum momento da vida se sentem assim, mas eu era constantemente, sentia que tinha caído de para-quedas algures por ali e não sabia como sair.
São tímidas [as crianças] desde tenra idade e, se não forem ajudadas a vencer os seus próprios receios, facilmente se transformam em adolescentes introvertidos ou adultos inadaptados, ansiosos e com fobia social. No limite, correm o risco de ficar quase totalmente isolados no dia-a-dia.
Felizmente acho que não sou um caso extremo, mas sinto que a timidez me prejudica em muita coisa e a principal e é a procura de trabalho.

Um estudo recente da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, traça uma relação fulcral entre o papel dos pais e o comportamento destas crianças. Para o bem e para o mal... De uma maneira ou de outra, a sua ajuda é determinante para contrariar a timidez.
“A forma como a criança é estimulada é muito importante nas manifestações que mais tarde venham a acontecer quando ela se começa a relacionar com os colegas, a falar com as pessoas ou a expor-se em público”, sublinha o pedopsiquiatra. Por isso, para Fernando Santos, “a atitude dos pais é muito importante”.
“Na medida do possível, devem estimular as actividades de grupo”, diz Fernando Santos. Até porque, mostram alguns estudos paralelos, as crianças matriculadas nas creches ainda nos primeiros meses de vida são as mais bem adaptados para vencer a timidez. Quando as crianças não estão adaptadas e são confrontadas com situações para as quais não estão preparadas a tendência é evitar o contacto
Esta ultima frase diz literalmente o que eu fazia quando não me sentia á vontade com as situações, eu evitava-as, na escola quando eu sabia que aquele grupo de colegas estava ali para vir gozar comigo, eu nem sequer saia do pavilhão, a não se tivesse mesmo que mudar de sala.
Não é fácil lidar com ela, nem viver com ela, hoje posso dizer que estou melhor do que há uns tempos atrás, já não me importo de sair com o meu robe ás bolinhas quando vou despejar lixo, mas sei que em muitas situações tenho de respirar fundo algumas vezes e pensar no que vou dizer ou fazer antes de avançar.


Fonte do artigo citado: cmjornal

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