O caminho parecia não ter fim, a floresta era imensa, e eu estava sozinha sem nada para me defender caso surgisse algum perigo. Onde estaria a Cahil?? Dava mesmo jeito que ela aparecesse agora. Pelo menos sentir-me-ia mais segura.
Ouvi um barulho de arbustos a mexerem-se, parei e olhei, nada, continuei a caminhar, talvez fosse algum esquilo ou coelho bravo. Nunca estive tão desejosa de chegar a casa, pelo menos ia deixar de me sentir seguida e observada o tempo todo. Os barulhos nos arbustos continuavam, e não me pareceu nenhum esquilo, era algo maior, possivelmente com dentes, dai que apressei os meus passos nas folhas secas no caminho marcado com pedras em ambas as margens. Fosse o que fosse que estivesse no arbustos também apressou os seus passos para me seguir. No chão estava um ramo seco, mais ou menos da mesma gorssura que um bastão de basebol e peguei nele em andamento, não me ia dar o luxo de parar, os meus ouvidos estavam atentos caso aquela coisa me fosse atacar.
O caminho era agora uma linha recta infinita, o meu vestido ja estava com manchas de terra por ir a roçar no chão, estava muito cansada para conseguir manter aquele ritmo por muito tempo, mesmo tentando respirar ao ritmo de cada passo.
Mas aos poucos notei que o barulho dos arbustos ia ficando mais distante até eu o deixar de ouvir, parei e olhei à volta, estava tudo calmo como antes, respirei fundo por instantes e continuei no meu passo normal até chegar ao fim do caminho.
Já estava a caminhar há horas, fiz algumas paragens, comi alguns frutos saborosos das arvoes para me saciar a fome, mas agora estava cheia de sede, nem faço ideia da quantidade de líquidos que já devia ter perdido durante aquele dia. O sol estava a por-se por trás das árvores, os seus finos raio ainda me iluminavam o caminho e faziam daquela flores um lugar mesmo mágico ao vê-los a passar por entre as copas densas das árvores.
Subitamente vi o perigo em que me estava a meter, a noite aproximava-se e eu ainda não tinha alcançado a estatueta com o cristal para as fadinhas, teria que pernoitar naquela floresta e regressar no dia seguinte. Eu nem sabia como acender uma fogueira, não sabia o que ia comer, e não sabia que seres habitavam na floresta. Fiquei aterrorizada com a ideia mas não havia como voltar atrás, mesmo que o fizesse o sol já se estava a pôr, só podia continuar a rezar para encontrar aquele cristal rápido e volta inteira para junto das fadas na orla da floresta.
Finalmente, ao fundo vejo algo feito de pedra, cheia de alegria ganhei forçar para dar uma pequena corrida até lá, era uma cruz celta ou templária e no seu centro tinha um pequeno cristal em bruto azul, era lindo!
Quando olho para trás, de ter o cristal na mão, vejo um lobo enorme a olhar para com ar de poucos amigos, não parecia nada amistoso, e avançava para mim rugindo. Guardei o cristal no decote para poder segurar no meu ramo seco com as duas mãos. Aquele bicho não me ia vencer sem luta, com as mãos a tremer e o coração aos pulos olhei-o de frente esperando que saltasse primeiro.
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