A história começou quando este homem, cujo o nome não foi divulgado por questões legais, publicou um anúncio na revista "Gay Times" com o título "Homem gay quer ser pai". No texto, dizia-se um profissional que tinha tudo o que desejara menos filhos e oferecia-se para doar o seu esperma, na condição de ter "um pouco de envolvimento" na educação dos filhos.
O casal lésbico escolhido teve dois filhos, atualmente com 7 e 9 anos, sempre da mesma mulher. Acontece que a mãe das crianças acabou por quebrar com o combinado quando afastou os filhos do pai biológico por este "negligenciar a sua companheira".
O pai resolveu responder com uma ação judicial, que acabou por ganhar, tendo assim o direito de dividir a custódia dos filhos com as mães.
Juíza diz que caso é uma "grande vergonha"
A juíza que analisou o caso, Jill Black, diz ter compreendido a importância da participação da companheira da mãe na vida das crianças, mas recusou-se a afastar o pai, como o casal pedia.
Disse ainda que era importante o caso ser resolvido da melhor maneira, para bem das crianças. "Se os adultos não conseguirem resolver as coisas através da comunicação, as crianças inevitavelmente vão sofrer", disse a juíza, acrescentando que "os adultos também podem pagar o preço quando as crianças forem suficientemente adultas para entender o que aconteceu".
A juíza afirmou ainda que a luta pela partilha da guarda das crianças com o pai é uma "grande vergonha" e que "a infância passa muito rápido e, apesar de apreciar o facto de ambos os lados pensarem estar motivados pela preocupação com as crianças, é também muito triste ver esse tempo a passar com a energia voltada para disputas e litígios entre os adultos".
Fonte: Expresso
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