Tanto deve ter levado nas orelhas que parece que entrou na linha. Após o jogo com a Alemanha, onde não fez nada de jeito, não fossem os colegas de equipa, agora com a Holanda parece que as coisas foram ao lugar, apesar dos dez minutos iniciais.
Os portugueses sofreram um pequeno calvário naqueles dez minutos iniciais. A estatística insinuava também a diferença e, ao fim do primeiro quarto de hora, a Holanda seguia com 70 por cento de posse de bola e um golo no bolso. Resultado de um lance em que houve o movimento habitual de Robben, que soltou no instante certo para o remate de classe de Van der Vaart. João Moutinho foi à esquerda ajudar Coentrão (fórmula estabelecida para poupar Ronaldo das despesas defensivas) e depois faltou alguém na zona em que o médio do Tottenham aplicou o seu temível pé esquerdo.
O golo da Holanda teve o condão de mudar a paisagem do jogo. Portugal carregou e foi a vez de a Holanda expor todas as suas misérias. A selecção portuguesa tinha tido mais complexos do que devia frente à Alemanha. Então, praticamente só investiu no ataque continuado no último quarto de hora. E só aí descobriu que a defesa alemã era vulnerável. No domingo foi muito diferente. Portugal cedo mostrou que não estava disposto a voltar a aceitar um papel secundário e nunca permitiu que a Holanda ficasse cómoda no seu jogo.
Portugal, cada vez mais confortável na pele de carrasco holandês, voltou a agitar as redes aos 59’, mas Postiga estava em posição irregular. Aos 66’, Ronaldo rompeu pela esquerda e proporcionou um belo remate a Coentrão. Aos 74’, resolveu o jogo. João Moutinho viu Nani a fugir pela direita, quase sem oposição, num lance de contra-ataque, o extremo do Manchester United fez uma assistência brilhante para o lado contrário e o capitão português completou a pintura. Recepção e remate. 2-1.
Fonte: Publico (texto 1) Publico (texto 2)
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