Eu queria ter escreito algo na sexta-feira, que por acaso foi dia 13, mas os senhores do Blogger lembraram-se de vir fazer manutenção e eu não reparei se havia algum aviso ou nao, tanto que quando quis escrever não podia porque simplesmente a pagina não abria.
O motivo que me levou querer fazer esse post foi para dizer que ia finalmente conhecer a terra dos pais do meu namorado, fica na Sertã, distrito de Castelo Branco e fica literalmente no meio de nenhures num sitio onde apenas se vê serra e árvores, onde cada casa tem a sua horta, onde é necessário percorrer cerca de sete quilometros para se encontrar um mini-preço ou um pingo doce.
E o que me leva a escrever agora é apenas o facto de me ter divertido imenso. So acreditei quando me vi dentro do comboio em direcção ao colombo para esperar o meu namorado, e mais tarde dentro do carro do pai dele. Seguimos os três em direcção ao sitio que eles apelidam de Mato Souto onde se planta de tudo e onde os viciados passam o tempo a jogar dominó belga - num bom sentido, e refiro-me ao meu namorado, ao avô do namorado, ao pai do namorado e ao tio-avô do namorado - ou a cortar alguns pinheiros para limpar os terrenos e evitar os fogos, aproveitando essa lenha para a lareira e superar assim os Invernos rigorosos da região.
Mas melhor que os dias só mesmo as noites, pelo sossego, pelo facto de se verem mais estrelas no céu e quase luz nenhuma em redor da casa, pelo facto de se sentir a noite em pleno, mas também pela companhia de quarto. Nem acredito que os pais do João me deixaram dormir com ele, nunca tinha dormido numa cama de casal, e sim eu ia caindo da cama abaixo, porque ele só me empurrava, e sim, custou-me um bocado a adormecer porque almofada era baixa, os restantes pormenores ficam reservados para mim mesma. E sim, na noite seguinte vinguei-me e ele quase ia caindo, mas ninguém se magoo.
No domingo viemos embora de autocarro, porque ele tinha de ir trabalhar hoje. A viagem é um bocado turbulenta até chegar a Tomar, só curvas e curvinhas e eu já estava mal disposta. Ele só gozava comigo dizendo que era a Beatriz - há de ser o nome da nossa primeira filha - mas de Tomar em diante a viagem fez-se bastante bem.
Eu até podia contar os restantes pormenores porque o dia não terminou por aqui, mas vou deixar esses detalhes para mim, só digo que passei três dias magníficos, num sitio lindo e que me diverti como nunca antes, foi até mais divertido que as minhas aventuras em Braga com a minha melhor amiga quando ela andava na Universidade, mas não deixam de ter aquele sentimento especial nem me fazem esquecer do velhinho ford que se não estou em erro era apelidado de Charllote.
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