Passar pelo Facebook antes de contratar um funcionário já é uma prática comum nos departamentos de recursos humanos, mas agora os empregadores parecem querer atalhar caminho. A ideia é simples: se os perfis dos candidatos são privados, porque não pedir-lhes os nomes de utilizador e as passwords na entrevista de emprego?
Foi isso que aconteceu a Justin Bassett, um estatístico residente em Nova Iorque que estava a ser entrevistado para uma vaga numa empresa de lobbying (grupo de pressão), escreve a agência Associated Press.
Bassett recusou-se a revelar os dados de acesso ao seu perfil no Facebook e retirou a candidatura, mas muitas outras pessoas podem acabar por ceder à pressão: “Uma pessoa que precise de pôr comida na mesa para os seus três filhos não pode dar-se ao luxo de manter-se firme”, considera Justin Bassett.
Bassett recusou-se a revelar os dados de acesso ao seu perfil no Facebook e retirou a candidatura, mas muitas outras pessoas podem acabar por ceder à pressão: “Uma pessoa que precise de pôr comida na mesa para os seus três filhos não pode dar-se ao luxo de manter-se firme”, considera Justin Bassett.
A prática está a generalizar-se de tal forma que dois senadores norte-americanos exigem uma investigação por parte do Departamento de Justiça e da Comissão para a Igualdade de Oportunidades de Emprego e os próprios responsáveis do Facebook ameaçam levar a tribunal os empregadores que pedirem os dados de acesso aos candidatos.
Por cá também acontece
Image via CrunchBaseEm Portugal, a atenção dos empregadores em relação ao que os candidatos a um posto de trabalho partilham nas redes sociais é cada vez mais uma realidade e há situações em que as candidaturas são rejeitadas por causa de mensagens ou fotografias partilhadas no Facebook ou no Twitter, por exemplo.
Em declarações à revista 2, num texto publicado no dia 11 de Março sobre este tema (reservado a assinantes da edição digital do jornal PÚBLICO), o advogado e especialista em Direito do Trabalho Garcia Pereira fazia notar que esta prática é cada vez mais notada no país. "Tenho casos de constituintes em que isso já aconteceu. Todas as indicações eram positivas e depois, por inconfidências, soube-se que foi através do Facebook que os processos de contratação foram interrompidos", disse o professor de Direito do Trabalho e Segurança Social da Universidade Técnica de Lisboa. Sem adiantar números concretos, Garcia Pereira afirmou que "é já uma percentagem importante dos casos" que tem entre mãos.
Em declarações à revista 2, num texto publicado no dia 11 de Março sobre este tema (reservado a assinantes da edição digital do jornal PÚBLICO), o advogado e especialista em Direito do Trabalho Garcia Pereira fazia notar que esta prática é cada vez mais notada no país. "Tenho casos de constituintes em que isso já aconteceu. Todas as indicações eram positivas e depois, por inconfidências, soube-se que foi através do Facebook que os processos de contratação foram interrompidos", disse o professor de Direito do Trabalho e Segurança Social da Universidade Técnica de Lisboa. Sem adiantar números concretos, Garcia Pereira afirmou que "é já uma percentagem importante dos casos" que tem entre mãos.
Fonte: Publico
Sem comentários:
Enviar um comentário