Um dia de chuva

Ontem á noite o vento batia forte na minha janela, fazia as telhas do telhado dançarem, pareceu-me ter ouvido a voz da Cahill, pensei que seria ela a brincar com o vento, mas eu ja estava com tanto sono que adormeci. 

Não me lembro de ter sonhado, nao me lembro de ver nenhuma fada a puxar-me por um portal, mas a verdade é que quando acordei chovia bastante,  levantei-me, nao tinha ninguem em casa, havia algum nevoeiro em redor da minha casa e vi também - embora os meus olhos não quisssem acreditar - luzes, de variadas cores, ora verde, ora vermelho, ora azul, ora roxo. E um barulho que se assemelhava a trovoada mas que não era, e muito menos o vento. Abri a janela, ouvi grtitos, era a Cahiil, toda encharcada pela chuva, estava metida numa luta outra vez, lembrei-me daquele dia em que a conheci, quando o meu carro parou no meio da serra durante a noite e não pegava por nada, tive o mesmo sentimento agora e fechei a janela. Fui comer alguma coisa enquanto ouvia a chuva lá fora, como é relaxante ouvir a chuva. 

O som da trovoada intensificou-se, a Cahill aproximava-se e a sua batalha também, o que não me deixava muito segura, fui outra vez á janela, o nevoeiro estava a dissipar-se e viam-se dois vultos um feminino e outro masculino e vários flashes de luzes. Ja estariam a lutar ha bastante tempo pois o chão estava enlameado e a cada passo a lama salpicava para as suas roupas, dos cabelos da Cahill saltavam enormes gostas de água,  notava-se que os seus movimentos eram mais lentos por vezes. Qual seria o motivo desta luta? Seria este feiticeiro do mesmo bando que aprisionou a Cahill da ultima vez?
A chuva nao parava, aliás, só aumentava cada vez mais, assim como o meu nervosismo, e  a luta continuava como a mesma intensidade, até se abriu um portal, uma intensa luz azul celeste, e outro, e mais um, Cahill e o seu oponente estavam rodeados de portais abertos de onde sairam mais feiticeiros, estes apontaram as suas varinhas e prenderam o feiticeiro que lutava com a Cahill levando-o com eles pelos portais de onde tinham vindo, a luta terminou por ali, ela fez aparecer a sua vassoura e saiu dali a voar tinha um vestido medieval verde lindo, e os cabelo soltos como sempre. A minha amiga feiticeira passou mim a sorrir e a chuva acalmou diminuindo de intensidade ao longo do dia.